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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quinta-feira, setembro 14, 2017

Educadores físicos apontam limitações na formação profissional por algumas instituições

Em audiência pública, representantes da área disseram que várias faculdades matriculam alunos com promessa de atuação plena no mercado, mas diploma só permite trabalho em escolas 


Audiência pública sobre as diferenças e respectivas repercussões dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Educação Física. Dep. Cabo Sabino (PR - CE)
Lúcio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados


Profissionais da área de educação física denunciaram na Câmara que algumas instituições 
de ensino superior matriculam alunos com a promessa de atuação plena dos educadores 
em várias áreas, mas estes, ao receberem o diploma, descobrem que estão habilitados 
para trabalhar apenas em escolas. 

A formação desses profissionais foi tema de audiência na Comissão de Trabalho, de 

Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (12).

Rodrigo Alves Andrade, representante dos formados em cursos de educação física, 

reclamou das limitações da área de licenciatura.
"Os cursos foram ministrados em quatro anos, com 3600, 3800 horas, com as características
de uma licenciatura para atuação plena, que seria nas áreas formais e não formais. Eles 
ingressaram nos cursos acreditando que poderiam atuar livremente na profissão, mas ao 
receberem suas habilitações profissionais tiveram o direito de atuação tolhido: só poderiam 
trabalhar nas escolas", explicou.
Weber Matias dos Santos, representante da Federação Interestadual dos Profissionais de 
Educação Física, disse que a diferença na formação não pode ser de conteúdo.
"A principal diferença é a questão pedagógica, que na licenciatura está voltada para a 
área educacional, iniciação, coordenação motora, início da formação. E a questão do 
bacharel é em relação a áreas como anatomia, fisiologia do exercício voltado ao 
desenvolvimento de um conhecimento mais profundo quanto ao corpo humano."
Formação plena
O deputado Cabo Sabino (PR-CE), que propôs a realização do debate, criticou a divisão 

entre bacharelado e licenciatura. "Isso só fraciona e sedimenta cada vez mais uma 
categoria, e temos visto que só tem beneficiado as instituições educacionais, aumentando 
o número de cursos. É apenas um mercado e não traz nenhum ganho para a população e 
muito menos para os profissionais."
A mesma posição foi defendida pela representante do ministério da Educação, Nara Maia 
Pimental. "O ministério hoje busca o perfil profissional que atenda tanto às demandas de 
sala de aula, diretamente na escola - um profissional de extrema importância - e esse 
bacharel que vai exercer a sua profissão também com base na formação que recebeu na 
instituição de ensino superior."
Segundo o Conselho Federal de Educação Física, para trabalhar como professor no ensino 
básico é preciso frequentar o curso de licenciatura. Já quem quiser atuar em demais nichos 
do mercado específico deve cursar o bacharelado.
Da Redação
Edição - Rosalva Nunes

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