Sinopse

"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

domingo, abril 30, 2017

Grandes paulistas têm receita recorde e atingem R$ 1,6 bilhão

Arrecadações de Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians, juntas, têm aumento de 43% em 2016 

Jamil Chade, correspondente em Genebra , 
O Estado de S.Paulo


Os quatro maiores clubes paulistas – PalmeirasSão PauloSantos e Corinthians – bateram um recorde em termos de arrecadações e receitas e, juntos, somaram R$ 1,6 bilhão apenas em 2016. Graças aos contratos de TV, os clubes de São Paulo registraram um aumento inédito de 43% em seus caixas em comparação a 2015.
Os dados obtidos com exclusividade pelo Estado foram analisados por Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva, e baseados nos balanços dos clubes. A maior renda é do Corinthians, com R$ 485,4 milhões, seguido pelo Palmeiras, com R$ 468 milhões. O São Paulo vem na terceira colocação, com R$ 393,4 milhões, e o Santos soma R$ 295 milhões. 

Palmeiras campeão
Em 2016, Palmeiras faturou o Brasileiro e vendeu Gabriel Jesus por R$ 121 milhões ao Manchester City    
Os quatro maiores clubes paulistas – PalmeirasSão PauloSantos e Corinthians – bateram um recorde em termos de arrecadações e receitas e, juntos, somaram R$ 1,6 bilhão apenas em 2016. Graças aos contratos de TV, os clubes de São Paulo registraram um aumento inédito de 43% em seus caixas em comparação a 2015.
Os dados obtidos com exclusividade pelo Estado foram analisados por Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva, e baseados nos balanços dos clubes. A maior renda é do Corinthians, com R$ 485,4 milhões, seguido pelo Palmeiras, com R$ 468 milhões. O São Paulo vem na terceira colocação, com R$ 393,4 milhões, e o Santos soma R$ 295 milhões.                                                                  
“Esse forte crescimento está associado ao incremento dos valores recebidos da TV, especialmente pelas luvas, na hora das assinaturas de contratos, e também de outras receitas de alguns clubes como as transferências de atletas e patrocínios”, explica o autor do levantamento.
Em relação ao Corinthians, o salto de 63% ocorreu em parte graças à transferência de jogadores, que garantiu uma renda de R$ 144 milhões. Já os direitos de transmissão renderam R$ 230 milhões ao clube alvinegro.
No caso palmeirense, a negociação de atletas não foi o que mais pesou, ficando abaixo até mesmo da bilheteria, que rendeu R$ 69 milhões. O Santos teve 50% de suas receitas obtidas através das cotas de TV. 
Somoggi destaca que, diante da renda recorde, os custos com futebol dos quatro clubes analisados atingiram R$ 1,03 bilhão, o maior valor da história. “Isso representa um crescimento de 9% em relação a 2015, quando os custos foram de R$ 943 milhões”, comentou. 
O que parece ser o começo de uma transformação na contabilidade dos clubes ainda tem uma relação direta com o fato de que a venda de jogadores, principalmente para o exterior, deixou de ser a principal fonte de renda dos times. Ainda que importante, essa receita começa a ver a aproximação dos valores pagos também por contratos de patrocínio e de publicidade.
DÍVIDAS
Pela primeira vez nos últimos anos, a receita garantiu que os quatro grandes clubes paulistas fechassem 2016 com superávit. No ano passado, o saldo positivo foi de R$ 175,6 milhões, contra um déficit de R$ 237,2 milhões em 2015.
“Essa melhora está intimamente ligada ao aumento dos recursos recebidos das emissoras de televisão por conta das luvas recebidas”, explicou o autor do estudo. “A questão é que em 2017 esses valores não se repetirão e os clubes paulistas podem voltar a fechar no vermelho”, alerta o especialista. 
No caso do São Paulo, o superávit de 2016 foi inferior a R$ 1 milhão. “Nos últimos três anos, os quatro grandes somaram perdas de mais de R$ 345 milhões”, constatou Somoggi. 
A renda recorde de 2016 conseguiu fazer com que a dívida total dos clubes paulistas sofresse uma pequena queda. Segundo o analista, porém, esse foi o primeiro ano que tal comportamento foi registrado. “As dívidas somadas dos quatro grandes de São Paulo em 2016 atingiram R$ 1,56 bilhão, o que significa uma queda de 4% em relação a 2015. Foi a primeira vez que isso ocorreu em muitos anos. Em 2015, as dívidas eram de R$ 1,63 bilhão”, explicou.
Apenas o São Paulo viu suas dívidas crescerem na temporada passada, com um aumento registrado de 7%, atingindo os R$ 385 milhões. Ainda assim, a maior delas é a do Corinthians, que alcança a marca dos R$ 425 milhões, contra R$ 394 milhões do Palmeiras e R$ 356 milhões do Santos. 
Esses clubes ainda esperam um sinal positivo de suas dívidas fiscais. Em 2016, elas atingiram R$ 509 milhões, aumento de 10% na comparação com 2015. “As dívidas fiscais dos quatro clubes cresceram 37% nos últimos três anos e 94% nos últimos seis anos”, diz Somoggi. 
O Palmeiras vive realidade diferente. “Mesmo com a criação do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), as dívidas fiscais dos clubes paulistas não pararam de crescer”, constata. Mas o Palmeiras decidiu “não aderir ao Profut e apresenta a menor dívida fiscal entre os adversários”, informa o consultor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por seu comentário.
Em breve ele será moderado.
Benê Lima