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"Neste espaço encontra-se reunida uma coletânea dos melhores textos, imagens e gráficos sobre o futebol, criteriosamente selecionados e com o objetivo de contribuir para a informação, pesquisa, conhecimento e divulgação deste esporte, considerando seu aspecto multidisciplinar. A escolha do conteúdo, bem como o aspecto de intertextualidade e/ou dialogismo - em suas diversas abordagens - que possa ser observado, são de responsabilidade do comentarista e analista esportivo Benê Lima."

quarta-feira, setembro 03, 2014

Falta projeto esportivo, diz Leonardo sobre demissão de técnicos

RAFAEL VALENTE
DE SÃO PAULO

O atual cenário no Brasil, com 18 técnicos trocados em 18 rodadas do Brasileiro, não assusta Leonardo, ex-dirigente do PSG e ex-técnico de Milan e Inter de Milão. Para o cartola, o que ocorre no país é comum em alguns clubes da Europa e só se explica pela falta de planejamento.

"Não há projeto esportivo. O dirigente não faz um trabalho técnico nem analisa as necessidades. É tudo aleatório. Quando há uma crise, atribui-se o problema ao técnico e ocorre a troca. Muitas vezes sem ter ideia de quem contratar. É tentativa e erro", afirma Leonardo à Folha.

Leonardo defende que os clubes devem definir os objetivos na temporada e, com critérios técnicos, selecionar os treinadores que melhor se encaixam dentro deste pensamento para comandar o time.

Thibault Camus/Associated Press
Leonardo concede entrevista em maio
Leonardo concede entrevista em maio

Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG desde 2008, também não se assusta com o cenário atual de troca de técnicos. "Não afeta nada. Ninguém fica desempregado. Logo aparece clube", disse para a Folha.

Kalil também vê falta planejamento. Mas faz um mea-culpa. Demitiu Paulo Autuori após a primeira rodada do Brasileiro. Considerou que o trabalho do substituto de Cuca -técnico campeão da Libertadores que preferiu treinar o chinês Shandong Luneng- não estava fluindo.

"Não sou exemplo. Demiti o Autuori. O limite do trabalho de um técnico é quando não há evolução", explica Kalil.

Para justificar o raciocínio, cita o início do trabalho de Cuca no Atlético-MG, em 2011. O treinador passou os primeiros sete jogos sem vitória. Foi mantido e, em 2013, levou o clube a conquista inédita da Libertadores.

"Às vezes a troca pode ajudar, mas técnico não faz milagre. Precisa de time, peças de qualidade e planejamento. O resto é bobagem", diz Kalil. 

Editoria de arte/Folhapress

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